Grão de Bico: Origem, Benefícios e Mercado

Conheça mais sobre as vantagens do grão-de-bico Revisão de literatura/texto técnico nº 2 Série leguminosas para consumo humano Autor: Délcio César Cordeiro Rocha

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Doutor Zoo

4/6/2023

Grão de bico: origem, benefícios e mercado

Série Leguminosas

Por: Délcio Rocha

Histórico e Origem

O grão de bico possui uma longa e rica história, remontando a milhares de anos. Sua origem é atribuída ao Crescente Fértil, uma região histórica do Oriente Médio que inclui partes da Turquia, Síria, Israel, Irã e Jordânia. Esta área é frequentemente considerada o berço da agricultura, e o grão de bico foi um dos primeiros cultivos domesticados pelos seres humanos.

Há evidências de que o grão de bico já era cultivado na Mesopotâmia por volta de 7.500 a.C. Desde então, o grão se espalhou para várias partes do mundo antigo. Na civilização egípcia, ele era um alimento básico e, em Roma antiga, era amplamente reconhecido por suas propriedades nutricionais e medicinais. O filósofo grego Teofrasto mencionou o grão de bico em seus escritos botânicos, ressaltando sua importância na dieta mediterrânea.

Ao longo dos séculos, este grão se difundiu para a Península Ibérica, de onde se espalhou para outras regiões da Europa. O grão de bico chegou à América no período colonial, introduzido pelos exploradores espanhóis e portugueses. Hoje, ele se tornou um componente essencial das culinárias de diversos países, refletindo a evolução e intercâmbio cultural ao longo da história.

A importância histórica do grão de bico na alimentação humana não pode ser subestimada. Ele tem sido um elemento crucial na dieta de várias civilizações, fornecendo uma fonte confiável de proteína, fibra e outros nutrientes essenciais. Além disso, sua adaptabilidade a diferentes climas e solos fez do grão de bico uma cultura fácil de ser integrada em diferentes ecossistemas agrícolas em todo o mundo.

Com uma história que atravessa milênios e continentes, o grão de bico continua a ser uma parte vital da alimentação humana, mantendo-se relevante desde suas antigas raízes até o presente momento.

Características e Variedades

O grão de bico, uma leguminosa amplamente reconhecida por sua versatilidade e valor nutricional, apresenta várias características distintivas. As principais variedades de grão de bico são o Desi e o Kabuli, cada uma com suas particularidades em termos de tamanho, cor e textura.

O Desi, conhecido por sua casca escura e textura mais firme, é geralmente menor do que o Kabuli. Essa variedade tem uma tonalidade que pode variar do marrom ao preto, e seu sabor é ligeiramente terroso. O Kabuli, por sua vez, é maior, mais liso e possui uma cor creme ou bege, sendo preferido em preparações culinárias que buscam uma textura mais suave e um sabor mais delicado.

Além das variedades principais, existem outras menos conhecidas, mas igualmente relevantes em determinadas regiões. Por exemplo, o grão de bico Gulabi, caracterizado por seu tamanho médio e cor rosa pálido, é preferido por alguns pela sua textura única e sabor distinto.

As condições climáticas para o cultivo do grão de bico variam de acordo com a variedade. Porém, de maneira geral, o grão de bico cresce melhor em climas semiáridos e prefere solos bem drenados com pH neutro a ligeiramente alcalino. Durante o estágio de desenvolvimento, essa leguminosa exige um período seco, e a rega excessiva pode comprometer a qualidade das sementes.

O Desi é frequentemente cultivado em áreas onde a precipitação é mais baixa, devido à sua resistência a condições áridas, enquanto o Kabuli se desenvolve melhor em regiões com precipitação moderada, onde os sol mais fria favorecem seu crescimento.

Na aplicação culinária, as diferenças entre as variedades são notórias. O Desi é frequentemente usado na produção de farinhas e como ingrediente em pratos de cozimento prolongado, enquanto o Kabuli é popular em saladas, sopas e ensopados, onde sua textura cremosa e sabor suave são mais adequados.

Assim, o conhecimento sobre as características e variedades do grão de bico é essencial para otimizar seu uso tanto na agricultura quanto na culinária, assegurando que cada tipo seja destacado em suas melhores condições e aproveitado ao máximo em suas diversas aplicações.

Benefícios à Saúde e Prevenção de Doenças

Segundo e CPT é Rico em proteínas, sais minerais e vitaminas do complexo B, contém uma grande quantidade de celulose, contida na casca. Devido à sua grande quantidade de amido, é usado pelo nosso organismo como fonte de energia. É pobre em água e gorduras, e está isento de colesterol. Contém ainda elevadas quantidades de ácido fólico. Cada 100g de grão, contém 6g de fibras, sendo nas sua maioria, fibras solúveis, ajudando de uma forma bastante eficaz o nosso organismo a eliminar açúcares, gorduras e o colesterol.

O grão-de-bico é um alimento mais rico do que o feijão em muitos aspectos. Entre 20 e 30% de sua constituição é pura proteína. Possui muitas fibras, zinco, potássio, ferro, cálcio e magnésio. Se for consumido todos os dias, faz ganhar massa muscular, aumenta o bom humor, reduz o nível de colesterol ruim e regula o intestino.

Mas sua qualidade mais famosa é de gerar felicidade: possui mais triptofano do que o feijão, o mesmo aminoácido essencial que faz do chocolate essa bela fonte de bem-estar e redução do stress. Por ter ômega 3 e 6, é indicado para prevenir doenças cardiovasculares. E quem tem diabetes ou está lutando contra a obesidade também pode se beneficiar da leguminosa.

Verificou-se que o grão de bico é uma leguminosa rica em nutrientes essenciais que oferecem inúmeros benefícios para a saúde. Entre os principais nutrientes encontrados no grão de bico estão as proteínas, as fibras dietéticas, as vitaminas e os minerais. As proteínas são fundamentais para a construção e reparação dos tecidos corporais, sendo uma excelente fonte de proteína vegetal para quem segue dietas vegetarianas ou veganas.

As fibras presentes no grão de bico desempenham um papel crucial na manutenção da saúde digestiva. Elas ajudam a regular o trânsito intestinal, prevenindo problemas como a constipação, e contribuem para uma sensação prolongada de saciedade, auxiliando no controle de peso. Adicionalmente, essas fibras são benéficas para a saúde do coração, pois ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL (o chamado colesterol ruim), diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.

A presença de vitaminas como a folato (vitamina B9) é outra vantagem do consumo de grão de bico. O folato é importante para a síntese e renovação celular, sendo essencial durante a gravidez para prevenir malformações no feto. Vitaminas do complexo B também presentes, como a vitamina B6, são cruciais para o funcionamento adequado do sistema nervoso e a produção de neurotransmissores.

Em termos de minerais, o grão de bico é rico em ferro, magnésio, fósforo e potássio. O ferro é essencial para a produção de hemoglobina e a prevenção da anemia, enquanto o magnésio contribui para a saúde óssea e muscular. O potássio ajuda na regulação da pressão arterial, e o fósforo é vital para a saúde dos ossos e dentes.

Além disso, o consumo regular de grão de bico pode auxiliar na prevenção de doenças crônicas, como o diabetes tipo 2. Graças ao seu baixo índice glicêmico, ele ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue. Essas propriedades fazem do grão de bico uma excelente adição a uma dieta equilibrada, promovendo uma vida mais saudável e ativa.

Cultivo: Época e Formas de Plantio

Conforme preconizado pelo CPT, entre os principais cuidados destacam-se: 

1. O Grão-de-bico prefere solos de textura sílico-argilosa, ricos em nutrientes e matéria orgânica, profundos, bem drenados, com um pH próximo ao neutro ou alcalino, entre os 6 e 9 , e com baixa salinidade
2. O solo deve ser preparado como se fosse para o cultivo de milho e o plantio é feito em linhas, com espaçamento de 40 cm e 15 cm entre as plantas. Com o plantio em linhas, pode-se utilizar a mecanização, para melhores resultados, dependendo da área plantada.
3. Para que a fertilidade do solo seja adequada, de acordo com as necessidades desta cultura, deve-se proceder a uma análise, cerca de 5 meses antes do plantio, para que sejam feitas as devidas correções e a fertilização indicada.
4. O plantio pode ser feito na primavera ou verão (em regiões de climas mais frios) ou no inverno (em regiões de clima tropical). Nos cerrados brasileiros, é feito entre o início de abril até o início de maio.
5. A colheita é realizada em agosto, quando as plantas são cortadas e colocadas para secar.
6. Os tratos culturais mais importantes são a limpeza regular do terreno, deixando-o livre das invasoras. Além disso, podemos intercalar a cultura do Grão-de-bico com a cevada e trigo, entre outras.
7. As doenças que mais atacam esta cultura são a ferrugem, o pó branco do Grão-de-bico e a queima do Grão-de-bico. As pragas mais comuns são os nematoides e a lagarta do grão.

O cultivo do grão de bico, uma leguminosa apreciada mundialmente, requer atenção detalhada em cada fase do plantio para assegurar o sucesso da colheita. Primeiramente, a época de plantio é crucial; o grão de bico deve ser semeado em períodos de clima ameno, tipicamente no outono ou inverno, onde não há perigo de geadas severas. Este planejamento é vital para o desenvolvimento adequado das plantas, que necessitam de temperaturas entre 10°C e 30°C.

A preparação do solo é a etapa inicial e fundamental para o cultivo do grão de bico. O solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Recomenda-se uma análise prévia do solo para ajustar o pH ao nível ideal, que varia entre 6,0 e 7,5. Para melhorar a fertilidade, a incorporação de compostos orgânicos ou fertilizantes químicos bem calculados é recomendada. Além disso, técnicas de aragem e nivelamento são essenciais para assegurar que o solo esteja solto e sem compactação, facilitando a germinação e crescimento das raízes.

A semeadura pode ser realizada manualmente ou com o auxílio de máquinas agrícolas. No plantio manual, as sementes são dispostas em sulcos com espaçamento de aproximadamente 30 a 60 cm entre fileiras e uma profundidade de 5 a 10 cm. No entanto, em métodos mecanizados, semeadeiras específicas garantem uma distribuição uniforme e eficiente, economizando tempo e esforço.

Após a semeadura, a irrigação deve ser controlada para evitar o excesso que possa causar saturação do solo e, consequentemente, doenças nas plantas. É importante estabelecer um regime de irrigação que mantenha o solo úmido, principalmente nas fases iniciais de germinação e florescimento.

O manejo do cultivo envolve práticas contínuas de monitoramento e cuidado. Isso inclui o controle de pragas e doenças, uso de métodos naturais ou químicos, sempre visando a sustentabilidade. Além disso, técnicas de rotação de culturas são recomendadas para preservar a saúde do solo, prevenindo a exaustão de nutrientes e conservando a produtividade a longo prazo.

Conforme pesquisas da EMBRAPA, o cultivar de grão-de-bico BRS Aleppo apresenta aptidão industrial para uso em conservas e também para consumo seco. Ela tem sido cultivada por produtores em todos os estados da região Centro-Oeste, além dos estados da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo e do Paraná. Essa solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

DESTAQUES

• Cultivar do grupo kabuli, com sementes na cor creme claro, de formato angular tipo cabeça de carneiro, ligeiramente enrugada;

• Indicada para cultivo na estação seca; • Ótima adaptação ao cultivo em áreas irrigadas da região do Brasil Central ;

• Apresenta elevados níveis de tolerância a um complexo de fungos de solo;

• Ciclo de produção de 120 dias, da emergência até a maturação do grão;

• Cultivar com aptidão industrial para uso em conservas e também para consumo seco.

Ao seguir essas etapas, o cultivo do grão de bico pode ser otimizado para atender tanto a qualidade quanto à quantidade desejada, resultando em colheitas robustas e sustentáveis.

Mercado e Formas de Consumo

Segundo a Embrapa (2016), no Brasil, há uma grande demanda pelo consumo do grão-de-bico, uma vez que essa leguminosa apresenta um teor de proteína elevada, variando de 25,3% a 28,9%, uma composição balanceada de aminoácidos (isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina) e um alto teor de lisina, além de cálcio, fósforo, ferro, vitaminas A, B e B2. Estudos nutricionais demonstram que o grão-de-bico possui muito mais nutrientes que o feijão, leguminosa mais consumida pela população brasileira.

Seus brotos podem ser consumidos como vegetais ou saladas. Seus grãos podem ser consumidos verdes, secos e fritos, torrados e cozidos na forma de lanches, doces e condimentados. Os grãos podem também ser moídos na forma de farinhas e utilizados em sopas, pastas e para fazer pães e quando preparados com sal, pimenta e limão podem ser servidos como acompanhamentos.

O mercado do grão de bico tem demonstrado um crescimento significativo tanto no cenário nacional quanto internacional. A demanda por esse legume nutritivo vem aumentando, impulsionada pelo maior interesse em dietas vegetarianas e veganas, além de uma conscientização crescente sobre a alimentação saudável.

Os principais produtores de grão de bico incluem Índia, Turquia, Paquistão, Austrália e Canadá. A Índia lidera a produção global, sendo responsável por aproximadamente 70% da oferta mundial. Estes países não apenas produzem em grandes quantidades, mas também exportam para atender à demanda internacional, que tem crescido consideravelmente. O grão de bico também é amplamente consumido em regiões como o Oriente Médio e o Mediterrâneo, onde possui um papel tradicional na culinária.

Em termos de consumo, o grão de bico é versátil e pode ser encontrado em diversas formas. Tradicionalmente, é utilizado em pratos como hummus, falafel e curry. No entanto, as formas de consumo têm se diversificado para incluir produtos processados e subprodutos. Por exemplo, a farinha de grão de bico é usada em uma variedade de receitas, desde pães sem glúten até sobremesas. Além disso, tem havido um aumento na popularidade de produtos como massa de grão de bico, snacks crocantes e até mesmo sobremesas utilizando esse ingrediente.

O mercado de grão de bico também está se beneficiando das inovações no setor alimentício. Produtos como pasta de grão de bico e lanches à base de grão de bico são cada vez mais comuns nas prateleiras dos supermercados, atraindo consumidores que buscam alternativas nutritivas e saborosas. A crescente inclusão do grão de bico em dietas vegetarianas e veganas alavanca ainda mais a sua demanda.

Perspectivas futuras indicam um crescimento contínuo no mercado de grão de bico. À medida que a população global se torna mais consciente dos benefícios de uma alimentação saudável e sustentável, o grão de bico se consolida como um componente essencial em diversas cozinhas ao redor do mundo.

Desafios e Cadeia Produtiva

Apesar de não ser muito comum na alimentação dos brasileiros, a produção atual não é suficiente para atender o mercado interno, fazendo com que exista um processo de importação regular desse produto, principalmente do Chile e Argentina. Sendo um alimento relativamente barato oferece uma grande versatilidade na culinária e é indispensável numa dieta alimentar equilibrada. Para o consumo humano, é preparado cozido e, além disso, suas folhas são utilizadas como forragem para alimentação animal.

O grão-de-bico (Cicer arietinum L.) é uma das mais importantes leguminosas cultivadas, sendo a segunda mais consumida no mundo, atrás somente da soja. A cadeia produtiva do grão de bico enfrenta uma série de desafios que impactam diretamente a oferta do produto no mercado. Uma das principais dificuldades na produção é a susceptibilidade do grão de bico a pragas e doenças.

Espécies como pulgões e percevejos podem causar danos significativos às plantas, enquanto doenças fúngicas como a murcha-de-fusarium representam uma ameaça constante. Essas adversidades, se não manejadas corretamente, podem resultar em perdas de produtividade e aumentar os custos de produção.

Além dos desafios fitossanitários, a logística é outro fator crítico na cadeia produtiva do grão de bico. A necessidade de transporte adequado e armazenamento adequado é vital para garantir que os grãos mantenham sua qualidade até chegarem ao consumidor final. As regiões produtoras, muitas vezes localizadas em áreas rurais, enfrentam dificuldades com infraestrutura de transporte, o que pode acarretar atrasos e aumentar o custo operacional.

Os subprodutos do grão de bico também merecem atenção especial. A farinha de grão de bico, muito utilizada na gastronomia como alternativa sem glúten, e o resíduo de processamento para ração animal são exemplos de aproveitamento integral da matéria-prima. No entanto, é fundamental que essas derivações sejam acondicionadas em embalagens que garantam a integridade do produto e atendam às regulamentações de vigilância sanitária, garantindo sua segurança alimentar e aumentando o prazo de validade.

Por fim, as expectativas do mercado indicam uma crescente demanda pelo grão de bico, tanto no consumo humano quanto na utilização de seus subprodutos. Para enfrentar os desafios mencionados, algumas soluções incluem a implementação de práticas agrícolas mais sustentáveis, investindo em biotecnologia para o desenvolvimento de cultivares resistentes a pragas e doenças, e a melhoria da infraestrutura logística. Essas iniciativas não só aumentariam a competitividade do grão de bico no mercado, mas também ampliariam seus benefícios econômicos e nutricionais para um público ainda maior.

Referências

Nascimento, W. M. (Editor Técnico). Hortaliças Leguminosas. Embrapa Hortaliças, 2016.

https://content.paodeacucar.com/saudabilidade/grao-de-bico

https://panelinha.com.br/receita/grao-de-bico-com-paprica-na-pressao

https://www.ecycle.com.br/grao-de-bico/

https://www.armazemcentralbh.com/sementes-e-cereais?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwtsy1BhD7ARIsAHOi4xbpEf4yEGQjkNIPiMH50DhlQ6Gm9m-zlZCz1Rt2Q-Vebe7Qm0YXE3UaAjCZEALw_wcB

https://www.cpt.com.br/artigos/horta-como-plantar-grao-de-bico-cicer-arietinum-l

https://www.embrapa.br/hortalicas/grao-de-bico/como-plantar

https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/2213/grao-de-bico-brs-aleppo

https://summitagro.estadao.com.br/noticias-do-campo/grao-de-bico-veja-como-e-o-cultivo-e-conheca-os-beneficios/

Como Citar:

Portal AGROECOBRASIL. ROCHA, Délcio César Cordeiro. Grão -de -Bico, Origem, Benefícios e Mercado. Série: Leguminosas/Vida e Saúde nº2. Publicado em 2023 Disponível em: https://agroecobrasil.com/grao-de-bico-origem-beneficios-e-mercado. Acesso em DIA/ MÊS/ ANO

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