
Entendendo o Conceito de Prática Social: Origens e Implicações
Entendendo o Conceito de Prática Social: Origens e Implicações Extensão Rural e Educação Popular Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº3 Série: Extensão Rural/Grupos Sociais Projeto: Eco Cidadão do Planeta Autoras: Karen Thais Santos Souza, Keth Rayala de Sousa e Nikole Cardoso de Souza Prof. Orientador: Délcio César Cordeiro Rocha ICA/UFMG
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1/12/2025


Entendendo o Conceito de Prática Social: Origens e Implicações
Autoras: Karen Thais Santos Souza, Keth Rayala de Sousa e Nikole Cardoso de Souza
Série: Extensão Rural/Grupos Sociais
Projeto: Eco Cidadão do Planeta
Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº3
Prof. Orientador: Délcio César Cordeiro Rocha ICA/UFMG
Introdução
O conceito de prática social é central para a compreensão das dinâmicas socioculturais, uma vez que se refere às ações humanas inseridas em contextos históricos, culturais e políticos. As práticas sociais não são meros comportamentos individuais, mas sim processos coletivos que reproduzem e transformam as estruturas da sociedade. Esta revisão aborda a definição de prática social, suas características e suas implicações na manutenção ou mudança das relações sociais.
O que é Prática Social?
De acordo com Bourdieu (1980), as práticas sociais são ações contextualizadas que expressam hábitos, valores e relações de poder presentes em uma sociedade. Elas não são neutras, pois estão ligadas a estruturas mais amplas, como classe, gênero e etnia. Para Giddens (1984), as práticas sociais são recorrentes e institucionalizadas, sendo ao mesmo tempo produto e produtor da vida social.
Segundo Heller (1972), as práticas sociais são construídas coletivamente e aprendidas por meio da socialização. Elas envolvem:
Hábitos e costumes (como rituais religiosos ou tradições familiares);
Linguagem e comunicação (formas de falar, gírias, discursos);
Relações de poder (hierarquias sociais, normas de comportamento).
Para Spink (2003), as práticas sociais são dinâmicas, ou seja, podem ser reproduzidas ou transformadas ao longo do tempo, dependendo das interações sociais e dos conflitos presentes na sociedade.
Em outras palavras a prática social refere-se a um conjunto de ações e interações que ocorrem em um contexto social, histórico e cultural específico. É um conceito fundamental para entender como os indivíduos se relacionam e se organizam dentro de uma sociedade. Essas práticas são moldadas por uma diversidade de fatores, incluindo hábitos, valores, crenças, linguagem, costumes e as relações interpessoais que permeiam a vida cotidiana dos indivíduos.
Essencialmente, as práticas sociais são dinâmicas e evoluem com o tempo, influenciadas pelo contexto em que emergem. Por exemplo, as normas de interação podem variar de uma cultura para outra, e mudanças sociais podem gerar novas práticas ou modificações nas já existentes. Assim, a prática social torna-se um espaço onde se manifesta a riqueza cultural de um grupo, refletindo suas particularidades e complexidades.
Além disso, é importante reconhecer que as práticas sociais não são apenas o resultado das ações individuais, mas também um reflexo das estruturas sociais que moldam essas ações. A interação entre indivíduos cria e mantém padrões que podem perpetuar ou contestar normas sociais. Dessa forma, a prática social assume um papel central na interação humana, servindo como um meio de construção e expressão indenitária.
Portanto, ao considerar o conceito de prática social, é crucial observar que ele envolve um ciclo contínuo de ação e reflexão, onde indivíduos aprendem sobre si mesmos e sobre os outros através de suas experiências coletivas. Este entendimento pode levar a uma maior conscientização sobre como as práticas sociais influenciam a vida em sociedade e como elas podem ser transformadas ao longo do tempo, em resposta a novos desafios e dinâmicas sociais.
As Raízes Históricas das Práticas Sociais
Origens e Fundamentação Teórica
O conceito de prática social tem raízes em diferentes correntes teóricas:
Marxismo: Marx (1867) já discutia como as práticas materiais (trabalho, produção) moldam a consciência social.
Teoria da Estruturação (Giddens, 1984): As práticas sociais são mediadoras entre a ação individual e as estruturas sociais.
Habitus (Bourdieu, 1980): As práticas são internalizadas por meio do habitus, um sistema de disposições que orienta o comportamento.
As práticas sociais têm suas origens em eventos históricos que moldaram o comportamento humano e as estruturas sociais ao longo do tempo. Desde as sociedades tribais até os Estados modernos, as interações sociais têm sido influenciadas por transformações políticas, econômicas e culturais. Para compreender melhor esse conceito, é importante analisar uma linha do tempo que destaquem os marcos principais da evolução das práticas sociais.
No período das sociedades tribais, por exemplo, as práticas sociais eram frequentemente ligadas à sobrevivência e à organização comunitária. A caça, a coleta e a agricultura eram atividades que demandavam um forte sentido de cooperação entre os membros da tribo. Com o advento da agricultura há cerca de 10.000 anos, as sociedades começaram a se estabelecer de formas mais permanentes, criando normas que regulavam o uso da terra e o trabalho comunitário. Essas mudanças deram origem a práticas sociais mais complexas, ligadas à hierarquia e divisão de labor.
Durante a Antiguidade, civilizações como a grega e a romana introduziram novas normas sociais por meio de suas filosofias e sistemas políticos. A democracia ateniense, por exemplo, não apenas estruturou a participação cidadã, mas também impulsionou a discussão e troca de ideias. Da mesma forma, o direito romano estabeleceu práticas que ainda influenciam a legislação moderna. Com o passar dos séculos, eventos como a Idade Média, a Revolução Industrial e os movimentos sociais do século XX impulsionaram ainda mais mudanças nas normas e práticas sociais, como o papel da mulher na sociedade e a luta por direitos civis.
Essas transformações históricas não apenas moldaram hábitos, mas também influenciaram as expectativas e os valores dentro de cada sociedade. Assim, as práticas sociais são o resultado de um processo histórico contínuo que reflete as complexidades das interações humanas e as condições sociais de cada época.
O Papel dos Valores e Crenças nas Práticas Sociais
Os valores e crenças de uma sociedade desempenham um papel fundamental na formação e na execução das práticas sociais. Estes elementos constituem o núcleo da identidade cultural de grupos e comunidades, influenciando as interações entre seus membros. Os valores referem-se às convicções que um grupo de pessoas considera importantes e desejáveis, enquanto as crenças são as percepções que esse grupo tem sobre a realidade, muitas vezes baseadas em tradições, religiões e histórias compartilhadas. Essas crenças e valores se manifestam em hábitos e costumes, que se tornam práticas sociais reconhecíveis.
A transmissão dessas ideias e normas ocorre principalmente através da socialização, um processo pelo qual os indivíduos aprendem e internalizam as práticas e os padrões da cultura em que estão imersos. A educação formal e informal, a comunicação interpessoal e as celebrações culturais atuam como veículos para essa troca. Ao compartilhar experiências, as gerações mais velhas passam seus valores e crenças para as mais jovens, criando um sentido de continuidade e pertencimento. Este fenômeno torna-se evidente em diversas esferas da vida, desde a celebração de rituais até a adoção de comportamentos sociais.
A compreensão do papel dos valores e crenças nas práticas sociais também é crucial para o entendimento das dinâmicas de mudança social. Em contextos onde novos valores emergem ou onde crenças tradicionais são contestadas, as práticas sociais podem evoluir, refletindo essas transformações. Assim, a interação entre valores, crenças e práticas sociais não é apenas um marco da cultura, mas também um campo de constante negociação e adaptação que afeta a maneira como os indivíduos se conectam e se organizam dentro de suas comunidades. A análise destas inter-relações revela a complexidade das construções sociais e destaca a importância de um entendimento mútuo nas relações entre os grupos sociais.
As Práticas Sociais como Reflexo de Estruturas Sociais
As práticas sociais revelam-se como um reflexo das estruturas sociais que as circundam, funcionando não apenas como manifestações de comportamento, mas também como agentes de perpetuação das desigualdades existentes. No cerne desta interseção entre práticas sociais e estruturas sociais está alheia complexa de condições econômicas, políticas e culturais que moldam o cotidiano das comunidades. Assim, estas práticas, longe de serem neutras, frequentemente reforçam divisões e hierarquias, contribuindo para a manutenção do status quo.
Um exemplo claro dessa dinâmica pode ser visto nas práticas de consumo. O acesso a determinados produtos e serviços é frequentemente determinado pelo status socioeconômico do indivíduo. Marcas de luxo, por exemplo, frequentemente se posicionam em nichos de mercado que são acessíveis apenas a uma parcela restrita da população, não apenas reforçando a desigualdade na distribuição de recursos, mas também perpetuando a ideia de prestígio associado a posses materiais. Dessa forma, a prática de consumir torna-se um reflexo das práticas sociais enraizadas em desigualdades sistêmicas.
Outra ilustração essencial se encontra nas práticas educacionais. A seleção de estudantes em instituições de ensino de alta qualidade frequentemente se baseia em critérios que favorecem aqueles que vêm de ambientes privilegiados, perpetuando desigualdades no acesso ao conhecimento e às oportunidades futuras. Isso não só afeta a trajetória individual, mas também impacta coletivamente as comunidades, reforçando ciclos de exclusão e marginalização que se estendem por gerações.
Portanto, ao analisar as práticas sociais, é crucial reconhecer que elas não operam em um vácuo; elas manifestam, reproduzem e, muitas vezes, intensificam as desigualdades sociais e culturais preexistentes. Esta compreensão é fundamental para o desenvolvimento de ações que busquem transformar as bases dessas estruturas, promovendo um ambiente mais equitativo e inclusivo para todos.
Construção Coletiva das Práticas Sociais
A prática social é um fenômeno que se revela, essencialmente, através da interação entre indivíduos. A forma como esses indivíduos se reúnem e compartilham experiências varia de acordo com as especificidades culturais, históricas e sociais de cada grupo. Na base desse conceito está a noção de que o coletivo é fundamental para a construção e transformação das práticas sociais, uma vez que a cultura e os costumes não emergem no vazio, mas são, ao contrário, moldados e reformulados por meio da convivência e do diálogo.
Um exemplo claro desse processo pode ser encontrado em comunidades que organizam reuniões regulares para discutir questões que afetam seu cotidiano. Tais encontros facilitam não apenas a troca de ideias, mas também a co-criação de soluções para problemas comuns. É nesse ambiente colaborativo que as práticas sociais podem ser revistas e aprimoradas, refletindo as necessidades e aspirações coletivas do grupo. Individualmente, os membros podem ter diferentes percepções sobre o que constitui uma prática social eficaz; no entanto, é nas interações que essas perspectivas se entrelaçam e oferecem uma abordagem mais rica e diversificada.
Por outro lado, o impacto das redes sociais digitais não pode ser ignorado, pois elas possibilitam uma nova dimensão de interação social. Plataformas virtuais têm atuado como espaços de conversa e colaboração, expandindo a capacidade dos grupos de se organizarem e de formularem práticas sociais. Essas redes funcionam como um espaço onde experiências são compartilhadas rapidamente, e o aprendizado coletivo se intensifica, potencializando a evolução das práticas sociais em um ritmo acelerado. Portanto, as práticas sociais não são estáticas; elas se desenvolvem continuamente através da co-construção do conhecimento, das trocas e das diálises que ocorrem entre os indivíduos.
Implicações das Práticas Sociais na Vida Cotidiana
Implicações das Práticas Sociais:
Reprodução das Desigualdades: As práticas sociais podem reforçar hierarquias, como no caso de normas de gênero que perpetuam a discriminação (BUTLER, 1990).
Transformação Social: Movimentos sociais criam novas práticas para contestar estruturas opressoras (TOURAINE, 2006).
Identidade e Pertencimento: As práticas culturais (festas, rituais) fortalecem a coesão grupal (GEERTZ, 1973).
As práticas sociais desempenham um papel fundamental no cotidiano das pessoas, impactando diversos aspectos de suas vidas. Elas não apenas refletem a cultura e as normas da sociedade, mas são também agentes de transformação que moldam comportamentos e interações. Ao interagir em diferentes contextos sociais, os indivíduos adotam práticas que podem influenciar decisões e maneiras de se relacionar com os outros. Por exemplo, as práticas de consumo coletivo podem reforçar laços comunitários ou, pelo contrário, promover a concorrência e o individualismo.
As decisões de grupos sociais, como famílias, amigos ou colegas de trabalho, são influenciadas pela dinâmica das práticas sociais. As normas estabelecidas por cada grupo impactam como as pessoas se comportam, o que, por sua vez, afeta suas escolhas diárias. Isso pode ser observado em situações como a adoção de hábitos alimentares, que muitas vezes são moldados por tradições culturais ou pela influência de tendências emergentes. As práticas sociais, portanto, não são apenas reações a um contexto existente, mas sim forças ativas que podem criar novas realidades e afetar a convivência social.
A forma como nos relacionamos com os outros também é profundamente afetada por essas práticas. A comunicação, os gestos de afeto e o apoio emocional são moldados por práticas sociais, que definem o que é aceitável e esperado em diferentes interações. Grupos sociais promovem determinadas normas de comportamento, e aqueles que não se ajustam a essas expectativas podem se sentir excluídos. Essa exclusão pode ter um impacto significativo na autoestima e na saúde mental dos indivíduos. Assim, entender as implicações das práticas sociais é crucial para aprimorar as relações interpessoais e fomentar comunidades mais coesas e inclusivas.
Conclusão: O Futuro das Práticas Sociais
As práticas sociais são intrínsecas à vida humana, moldando a maneira como interagimos, nos comunicamos e colaboramos. A evolução contínua dessas práticas, impulsionada por fatores como avanços tecnológicos, mudanças culturais e transformações sociais, promove reflexões significativas sobre o futuro. O impacto da tecnologia, por exemplo, tem acelerado a forma como nos conectamos, levando a uma redefinição das interações sociais. Ferramentas digitais estão não apenas facilitando a comunicação, mas também alterando os atuais paradigmas sociais. A prática social de reunir-se fisicamente para discussões, por exemplo, tem sido substituída, em muitos casos, por reuniões virtuais.
Além disso, as migrações culturais trazem diversidade e novas perspectivas que enriquecem as práticas sociais locais. Quando diferentes culturas se entrelaçam, novas formas de prática social emergem, exigindo uma adaptação e inovação contínuas por parte dos indivíduos e grupos sociais. Essa adaptação não é apenas uma questão de sobrevivência em um mundo em mudança, mas também uma oportunidade para repensar o papel que desempenhamos na sociedade. As tradições podem evoluir, e novas normas sociais podem surgir, refletindo as necessidades de uma população cada vez mais globalizada.
À medida que avançamos nas próximas décadas, torna-se fundamental que cada um de nós reconheça sua parte na formação das práticas sociais que nos cercam. O engajamento ativo nas comunidades e a disposição para abraçar as mudanças são essenciais. Portanto, ao lidarmos com as práticas sociais, devemos também cultivar o diálogo aberto e inclusivo, garantindo que as transformações sejam benéficas para a coletividade. Essa responsabilidade compartilhada é crucial para moldar um futuro onde as práticas sociais possam continuar a prosperar e a contribuir positivamente para a sociedade.
As práticas sociais são fundamentais para entender como as sociedades se organizam, reproduzem desigualdades ou promovem mudanças. Elas não são estáticas, mas sim processos em constante transformação, influenciados por contextos históricos e relações de poder.
Referências
BOURDIEU, P. O senso prático. Petrópolis: Vozes, 1980.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1990.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1973.
GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
HELLER, A. Sociología de la vida cotidiana. Barcelona: Península, 1972.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2013 [1867].
SPINK, M. J. Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano. São Paulo: Cortez, 2003.
TOURAINE, A. O mundo das mulheres. Petrópolis: Vozes, 2006.

Como Citar:
Portal AGOECOBRASIL. SOUZA, K. T. S.; SOUSA, K. R. de.; SOUZA, N. C. de; & ROCHA, D. C. C. Entendendo o Conceito de Prática Social: Origens e Implicações. Série: Extensão Rural/Grupos Sociais. Projeto: Eco Cidadão do Planeta. Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº3. Publicado em 2025. Disponível em: https://agroecobrasil.com/entendendo-o-conceito-de-pratica-social-origens-e-implicacoes. Acesso em DIA/ MÊS/ ANO

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Sobre o coordenador do Site www.agroecobrasil.com:
Délcio César Cordeiro Rocha
Zootecnista - Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde- ESUCARV- GO
Especialista em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Centro-oeste UNIOESTE-PR
Mestrado em Agronegócios - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS-RS
Doutor em Zootecnia - Universidade Federal de Viçosa. UFV-MG
Ministra as Disciplinas:
Agroeconegócios
Conservação e Manejo e de Fauna,
Zoologia,
Etologia e Bem Estar Animal,
Animais Silvestres,
Criação e Exploração de Animais Domésticos,
Extensão Rural,
Educação e Interpretação Ambiental
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG / Montes Claros. Para os cursos de Agronomia, Eng. Florestal, Eng. Agrícola e Ambiental , Zootecnia
Coordenador do Grupo de Estudos em Etologia e Bem-estar Animal - GEBEA
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