
O Trabalho com Grupos Sociais: Conceitos e Fundamentos
O Trabalho com Grupos Sociais: Conceitos e Fundamentos Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº1 Série: Extensão Rural/Grupos Sociais Projeto: Eco Cidadão do Planeta Autoras: Karen Thais Santos Souza, Keth Rayala de Sousa e Nikole Cardoso de Souza Prof. Orientador: Délcio César Cordeiro Rocha ICA/UFMG
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1/10/2025


O Trabalho com Grupos Sociais: Conceitos e Fundamentos
Autoras: Karen Thais Santos Souza, Keth Rayala de Sousa e Nikole Cardoso de Souza
Série: Extensão Rural/Grupos Socias
Projeto: Eco Cidadão do Planeta
Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº1
Prof. Orientador: Délcio César Cordeiro Rocha ICA/UFMG
Introdução
O estudo dos grupos sociais é fundamental para compreender as dinâmicas das relações humanas, suas estruturas e interações. Grupos sociais são unidades básicas da organização social, formados a partir de características e interesses compartilhados. Esta revisão bibliográfica aborda o conceito de grupo social e suas quatro bases fundamentais de formação: ascendência comum, comunidade territorial, semelhanças características e comunidade de interesses.
A formação de grupos sociais é um fenômeno estudado pela Sociologia e pela Antropologia, sendo fundamentada em quatro características principais: ascendência comum, comunidade territorial, semelhanças características e comunidades de interesses. Esses elementos são essenciais para a coesão e a identidade grupal.
Grupos Sociais
Os grupos sociais representam uma das bases fundamentais da interação humana. Esses grupos são compostos por indivíduos que compartilham algum tipo de ligação, seja por laços familiares, interesses comuns, origens culturais ou objetivos semelhantes. O conceito de grupos sociais abrange uma ampla gama de formações, desde núcleos pequenos e íntimos, como famílias e amigos, até grandes organizações e comunidades que desempenham um papel significativo na vida cotidiana dos seus membros.
Um aspecto essencial dos grupos sociais é a interação que ocorre entre os indivíduos. Essa interação não apenas fortalece os laços dentro do grupo, mas também fomenta a identificação e o pertencimento entre seus membros. Os indivíduos que se sentem parte de um grupo frequentemente experimentam um senso de segurança e apoio, resultando em um impacto positivo sobre sua saúde emocional e bem-estar social. Além disso, os grupos sociais exercem influência nas crenças, valores e comportamentos de seus integrantes, moldando, portanto, a dinâmica social de uma comunidade.
Existem diversas formas de agrupamento social, que podem ser categorizadas de acordo com características como tamanho, finalidade e grau de formalidade. Grupos primários, como famílias e amizades, são caracterizados por relacionamentos próximos e afetivos, enquanto grupos secundários incluem instituições como escolas ou organizações profissionais, onde as relações são mais instrumentais e muitas vezes temporárias. As comunidades são outra forma de agrupamento, onde habitantes de uma determinada área geográfica interagem e constroem uma rede de apoio mútuo.
Assim, compreender os grupos sociais é fundamental para analisar a complexidade das relações humanas e suas repercussões em diversos níveis, desde a esfera individual até a sociedade em geral. Através do estudo dessas dinâmicas, é possível perceber como os agrupamentos sociais influenciam não somente a vida dos indivíduos, mas também moldam a estrutura das sociedades contemporâneas.
As Características Fundamentais dos Grupos Sociais
A formação de grupos sociais é um processo complexo estudado pelas ciências sociais, sustentado em quatro pilares fundamentais: ascendência comum, comunidade territorial, semelhanças características e comunidades de interesses. Esses elementos atuam de forma combinada para criar identidades coletivas e estruturar as relações humanas.
Os grupos sociais são formados e sustentados através de características que promovem a coesão e a identidade entre os seus membros. Estas características são essenciais para a compreensão do funcionamento e da organização social. Quatro delas se destacam: ascendência comum, comunidade territorial, semelhanças características e comunidade de interesses.
A ascendência comum refere-se ao compartilhamento de uma herança cultural, étnica ou histórica entre os membros do grupo. Essa ligação pode se manifestar em tradições, valores e rituais que são apreciados e mantidos ao longo do tempo. Grupos que possuem uma ascendência comum têm uma base sólida para a sua identidade, permitindo que seus integrantes se sintam conectados, o que naturalmente reforça o vínculo social.
Outro aspecto fundamental é a comunidade territorial, que se refere à localização geográfica onde o grupo reside ou se reúne. A proximidade física entre os membros facilita as interações sociais e a formação de laços mais fortes. A comunidade territorial também pode influenciar o desenvolvimento de práticas culturais e sociais características, reforçando assim a sensação de pertencimento e coesão.
As semelhanças características, como afinidades em comportamentos, interesses ou estilos de vida, também desempenham um papel crucial na definição de grupos sociais. Essas semelhanças promovem a identificação entre os membros e criam um ambiente onde as interações são baseadas em compreensão mútua e apoio. Quando as pessoas sentem que têm experiências ou interesses compartilhados, é mais provável que se unam, criando apostos sociais resilientes.
Por fim, a comunidade de interesses une os membros em torno de objetivos ou preocupações comuns. Esta característica é especialmente visível em grupos que se organizam para defender causas específicas ou promover mudanças. A busca de interesses coletivos gera uma dinâmica de colaboração e solidariedade, tornando-se um elemento essencial para a sua manutenção e desenvolvimento ao longo do tempo.
Ascendência Comum
A ascendência comum refere-se à ancestralidade compartilhada, que estabelece laços de parentesco e identidade cultural. Segundo Durkheim (1984), os grupos baseados em laços de sangue ou tradição familiar tendem a desenvolver solidariedade mecânica, mantendo estruturas sociais mais tradicionais. Da mesma forma, Weber (2002) destaca que a consanguinidade pode ser um fator de organização social, influenciando hierarquias e relações de poder.
A ascendência comum é um elemento fundamental que define a coesão de muitos grupos sociais, refletindo a herança cultural, valores e tradições que unem seus membros. Este aspecto é visto em diversos agrupamentos, considerando que a identidade e a percepção de pertencimento frequentemente são moldadas por laços familiares e étnicos. Ao longo da história, a ascendência comum funciona como um elo que não apenas solidifica relações sociais, mas também proporciona um sentido de continuidade e identidade entre os indivíduos.
Grupos que possuem uma forte ascendência comum tendem a compartilhar uma narrativa cultural rica, que é passada através das gerações. A transmissão de valores familiares, rituais e práticas culturais é essencial para a preservação da identidade do grupo. Por exemplo, entidades como comunidades indígenas ou grupos étnicos próximos, como os ciganos, demonstram uma forte consciência de ascendência comum, o que contribui para a manutenção de suas tradições e costumes. Esses grupos difundem suas particularidades culturais por meio de celebrações, danças, culinária e linguagem, reforçando laços internos que são críticos para sua sobrevivência e adaptação na sociedade contemporânea.
Além disso, a ascendência comum pode influenciar como os grupos reagem a mudanças sociais, políticas e econômicas. Em muitos casos, esses laços oferecem não apenas apoio emocional, mas uma rede de segurança econômica e social que é extraordinariamente valiosa em tempos de crise ou de transformação. Para entender como a ascendência comum impacta a dinâmica de um grupo social, é importante analisar a forma como esses laços facilitam a comunicação e o suporte mútuo entre os membros, além de promover a resistência cultural diante das pressões externas.
Comunidade Territorial
A proximidade geográfica é outra base fundamental para a formação de grupos sociais. Como afirma Castells (1999), o território não apenas delimita o espaço físico, mas também influencia as interações sociais, a construção de identidades locais e a organização política. Para Giddens (1991), a territorialidade é crucial para a formação de comunidades, pois facilita a comunicação e a cooperação entre indivíduos.
A comunidade territorial é um conceito fundamental no estudo dos grupos sociais, pois envolve a interação de indivíduos que compartilham um espaço geográfico. A localização física de uma comunidade influencia diretamente a dinâmica social, pois as pessoas que habitam uma mesma área tendem a desenvolver relacionamentos baseados em experiências cotidianas comuns. Esses membros se reconhecem não apenas pela proximidade física, mas também por laços culturais, históricos e sociais que emergem desse convívio.
Um aspecto importante da comunidade territorial é a construção de uma identidade comum. Quando indivíduos residem em um mesmo território, eles muitas vezes enfrentam desafios e oportunidades semelhantes relacionados ao ambiente que habitam. Isso pode incluir desde a infraestrutura local, como escolas e serviços, até elementos culturais, como tradições e festivais. Esses fatores contribuem para a coesão social, fazendo com que os moradores se sintam parte de um grupo unificado.
Exemplos de comunidades territoriais podem ser vistos em áreas urbanas e rurais. Em contextos urbanos, bairros podem reunir pessoas com origens diversas, mas que compartilham um mesmo território, levando à formação de grupos sociais que promovem ações coletivas, como movimentos por melhorias na qualidade de vida. Nas áreas rurais, comunidades podem se organizar em torno de características geográficas específicas, como rios, montanhas ou plantações, que remetem a identidades e tradições locais fortes.
Essas comunidades frequentemente desempenham um papel vital na promoção de ações sociais e políticas. Elas são espaços onde os indivíduos se unem para reivindicar seus direitos, resolver problemas comuns e implementar mudanças. Assim, a comunidade territorial não apenas define limites físicos, mas também serve como um catalisador para interações sociais significativas que moldam a vida dos indivíduos em um determinado espaço.
Semelhanças Características
A homogeneidade de traços físicos, culturais ou sociais também contribui para a formação de grupos. Bourdieu (2007) argumenta que o habitus — conjunto de disposições compartilhadas — cria afinidades entre indivíduos com experiências similares. Já Maffesoli (1987) discute o conceito de tribos urbanas, onde pessoas se agrupam por identidades comuns, como estilo de vida, valores ou aparência.
As semelhanças características desempenham um papel crucial na formação e coesão de grupos sociais. Elementos como língua, religião, classe social e interesses pessoais são fundamentais para unir indivíduos em um contexto grupal. A presença de características comuns permite que os membros se identifiquem mais facilmente uns com os outros, favorecendo a construção de laços sociais profundos. Quando as pessoas compartilham uma língua, por exemplo, a comunicação torna-se mais fluida e acessível, reduzindo mal-entendidos e promovendo um ambiente de diálogo aberto.
Além disso, a religião pode servir como um fator de união, pois proporciona um conjunto comum de crenças e valores. Grupamentos que compartilham práticas religiosas ou doutrinas semelhantes tendem a desenvolver uma identidade coletiva, fortalecendo os vínculos entre os membros. Essa identificação religiosa contribui não apenas para o apoio mútuo em momentos de necessidade, mas também para a criação de rituais e tradições que solidificam a comunidade.
A classe social também se torna uma característica importante que pode unir ou dividir. Indivíduos que pertencem à mesma classe socioeconômica frequentemente têm experiências semelhantes, o que facilita discussões sobre desafios comuns e a busca por soluções coletivas. Quando se sentem compreendidos e valorizados pelo grupo, tendem a se engajar mais ativamente nas dinâmicas sociais, buscando promover melhorias em suas condições de vida.
Por último, interesses pessoais, como atividades recreativas, hobbies ou objetivos profissionais, são elementos que atraem indivíduos para grupos que podem oferecer suporte e camaradagem. Essa convergência de interesses não apenas fortalece a comunicação, mas também cria um senso de pertencimento que é essencial para a manutenção de grupos sociais saudáveis e produtivos. Através dessas semelhanças, os membros são capazes de construir uma rede de apoio que enriquece suas vidas pessoais e sociais.
Comunidade de Interesses
Por fim, os interesses comuns unem indivíduos em torno de objetivos específicos, sejam econômicos, políticos ou culturais. Para Marx e Engels (1848), as classes sociais se formam a partir de interesses materiais compartilhados. Na contemporaneidade, Putnam (2000) ressalta o papel do capital social na criação de redes baseadas em objetivos mútuos, como associações ou movimentos sociais.
A comunidade de interesses é uma característica crucial que define a formação e a dinâmica de grupos sociais. Grupos se formam frequentemente em torno de objetivos, ideias ou necessidades em comum, o que promove uma colaboração significativa entre os membros. Essa sinergia permite que indivíduos compartilhem experiências, conhecimentos e recursos, criando um espaço propício para o desenvolvimento coletivo e a consecução de metas específicas. A interação entre os membros de uma comunidade de interesses fortalece os laços sociais, resultando em uma rede de apoio e enriquecimento mútuo.
Um exemplo clássico de uma comunidade de interesses são as associações profissionais. Essas organizações reúnem indivíduos que atuam em um determinado campo ou setor, oferecendo oportunidades para networking, troca de informações e desenvolvimento de habilidades. Os membros de uma associação costumam trabalhar em projetos ou iniciativas comuns, o que não apenas atende suas necessidades individuais, mas também contribui para o fortalecimento da profissão como um todo. Além disso, clubes e grupos de hobbies, como clubes de leitura ou grupos de apreciação de arte, também exemplificam como interesses compartilhados podem unir pessoas, proporcionando um espaço para a expressão criativa e a socialização.
Os grupos de apoio também representam uma comunidade de interesses. Formados por indivíduos que enfrentam desafios semelhantes, como doenças crônicas ou questões emocionais, esses grupos proporcionam um ambiente seguro onde os membros podem trocar experiências e oferecer suporte mútuo. A força de uma comunidade de interesses reside na compreensão compartilhada das dificuldades e aspirações dos participantes, o que os motiva a trabalhar juntos em direção a soluções ou melhorias em suas situações.
A Importância do Trabalho com Grupos Sociais
Essas quatro características — ascendência comum, territorialidade, semelhanças e interesses — são pilares para a formação e manutenção de grupos sociais, conforme demonstrado por diferentes correntes teóricas. A interação entre esses fatores define a dinâmica e a coesão dos agrupamentos humanos.
O trabalho com grupos sociais é uma prática fundamental em diversas áreas, incluindo a educação, assistência social e saúde pública. Esta abordagem permite que profissionais implementem estratégias de intervenção social eficazes, aprimorando a dinâmica comunitária e promovendo o desenvolvimento social. A atuação com grupos favorece o fortalecimento de redes de apoio, que são essenciais para enfrentar desafios coletivos e individuais. Nestes ambientes, os participantes têm a oportunidade de compartilhar experiências, trocar conhecimentos e desenvolver habilidades necessárias para a convivência em sociedade.
Além disso, o trabalho em grupo é um catalisador para mudanças sociais significativas. Através da colaboração, as pessoas se sentem encorajadas a se envolver em questões comunitárias e a buscar soluções coletivas para problemas sociais. Essa interação promove um senso de pertencimento e aumenta a coesão social, fatores fundamentais para o engajamento cívico e a construção de comunidades mais resilientes. A participação ativa em grupos sociais não apenas contribui para a melhoria das condições de vida dos indivíduos, mas também potencializa a mobilização social em favor de causas justas.
Profissionais como educadores e assistentes sociais devem ter um entendimento profundo dos grupos sociais, pois essa compreensão é crucial para a eficácia das suas intervenções. É importante reconhecer as diversidades e particularidades dos grupos para que as estratégias aplicadas sejam adequadas e respeitosas. A valorização das vozes de cada membro do grupo, bem como a facilitação de processos grupais, são competências essenciais para alcançar os objetivos desejados. Dessa forma, o trabalho com grupos sociais não é apenas uma prática técnica, mas uma construção colaborativa que visa o bem-estar coletivo e a transformação social.
Referências Bibliográficas (ABNT)
BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp, 2007.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
DURKHEIM, É. Da divisão do trabalho social. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
MAFFESOLI, M. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.
MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1848.
PUTNAM, R. D. Bowling alone: the collapse and revival of American community. New York: Simon & Schuster, 2000.
WEBER, M. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 2002.

Como Citar:
Portal AGOECOBRASIL. SOUZA, K. T. S.; SOUSA, K. R. de.; SOUZA, N. C. de; & ROCHA, D. C. C. O Trabalho com Grupos Sociais: Conceitos e Fundamentos. Série: Extensão Rural/Grupos Sociais. Projeto: Eco Cidadão do Planeta. Artigo Técnico/ Conscientização/ Ponto de Vista nº1. Publicado em 2025. Disponível em: l. Acesso em DIA/ MÊS/ ANO

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Sobre o coordenador do Site www.agroecobrasil.com:
Délcio César Cordeiro Rocha
Zootecnista - Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde- ESUCARV- GO
Especialista em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Centro-oeste UNIOESTE-PR
Mestrado em Agronegócios - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS-RS
Doutor em Zootecnia - Universidade Federal de Viçosa. UFV-MG
Ministra as Disciplinas:
Agroeconegócios
Conservação e Manejo e de Fauna,
Zoologia,
Etologia e Bem Estar Animal,
Animais Silvestres,
Criação e Exploração de Animais Domésticos,
Extensão Rural,
Educação e Interpretação Ambiental
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG / Montes Claros. Para os cursos de Agronomia, Eng. Florestal, Eng. Agrícola e Ambiental , Zootecnia
Coordenador do Grupo de Estudos em Etologia e Bem-estar Animal - GEBEA
Coordenador do PROGRAMA de Extensão: “Ambiente em Foco/ "Meio- ambiente e Cidadania" e dos Projetos:
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